Luís Mendes Ribeiro Gonçalves

Informações

Nascimento: 
Filiação:
Falecimento: 
Cadeira: 

Sobre

Luís Mendes Ribeiro Gonçalves nasceu em Amarante(PI), no dia 7 de fevereiro de 1895, filho de Elesbão Ribeiro Gonçalves e de Amália Mendes Gonçalves. Em 1916 formou-se engenheiro civil e geógrafo e logo em seguida tornou-se engenheiro da estrada de rodagem Floriano-Oeiras.  

Após a instalação da Assembleia Constituinte do Piauí em 1935, foi eleito senador, por via indireta, em julho do mesmo ano. Ainda em 1935 representou o Piauí no VII Congresso Nacional de Educação e no ano seguinte participou do VI Congresso Nacional de Estradas de Rodagem. Exerceu o mandato no Senado até novembro de 1937, quando o advento do Estado Novo suprimiu os órgãos legislativos do país. Em 1939 tornou-se segundo vice-presidente do Conselho Nacional do Trabalho e representou seu estado no VII Congresso Nacional de Estradas de Rodagem. Em 1945 deixou seu cargo no Conselho Nacional do Trabalho, tornando-se representante do Ministério do Trabalho e das instituições da Previdência Social no mesmo conselho.

Em 1945, com o fim do Estado Novo (1937-1945) e a redemocratização do país, filiou-se à União Democrática Nacional (UDN). Nesse mesmo ano foi designado membro do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, que integraria até 1947, e no ano seguinte passou a presidir o Conselho Superior de Previdência Social. No pleito suplementar de janeiro de 1947 elegeu-se senador pelo Piauí na legenda da UDN, sendo empossado em abril seguinte. Em outubro desse mesmo ano opôs-se ao projeto que determinava a cassação dos mandatos dos parlamentares comunistas.

O projeto, contudo, foi aprovado e em janeiro de 1948 os parlamentares em questão foram excluídos do Congresso Nacional. Nessa legislatura integrou a comissão mista do Congresso encarregada de examinar a situação econômica e financeira da Companhia Vale do Rio Doce, as comissões permanentes de Viação e Obras Públicas e de Redação de Leis e a comissão especial de inquérito sobre a indústria têxtil. Em 1949 licenciou-se do Senado para ocupar os cargos de secretário da Fazenda e secretário-geral do Governo do Piauí, durante a gestão de José da Rocha Furtado (1947-1951). Em junho de 1953, quando Getúlio Vargas ocupava a presidência da República, foi nomeado diretor-geral do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS), cargo que ocupou até setembro de 1954.  

Foi diretor do Departamento de Agricultura, Viação e Obras Públicas do Piauí, no exercício desse cargo revelou grande talento profissional ao projetar e dirigir obras importantes para do desenvolvimento do Estado, a saber: construção dos prédios do Liceu Piauiense e da Escola Normal Oficial do Estado, hoje Palácio da Cidade; construção de pontes, rodovias, planos de abastecimento d’água, luz elétrica, programas de colonização, plantas de cidades e de mapas do Piauí. Em face desse trabalho denodado, projetou seu nome profissional no cenário nacional, sendo convidado para exercer outros cargos de destaque.  

Também brilhou no magistério como professor de Matemática e Física no Liceu Piauiense e na Escola Normal Oficial do Estado, membro do Conselho de Ensino do Piauí, consultor técnico do Conselho Nacional do Trabalho e secretário do diretor-geral do Departamento de Correios e Telégrafos (DCT). Foi também membro vitalício do conselho diretor do Clube de Engenharia, sócio da Associação Brasileira de Imprensa, membro titular da Academia Piauiense de Letras (Cadeira 19) e sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Piauí. Com prestígio internacional, foi homenageado em Paris com o título de sócio da Societè des Engeniers de France.   Jornalista brilhante teve destacada atuação na imprensa piauiense, colaborando nos jornais A Imprensa, O Lírio, Estado do Piauí, Correio de Teresina, Correio do Piauí, Diário oficial e O Momento. Escritor de raro talento escreveu importantes obras sobre os mais variados assuntos, a saber: Problemas Municipais; Fossas Biológicas; Tipo de Colônia Agrícola para o Nordeste; Mapa do Piauí; Magistratura e Justiça; Aspectos do Problema Econômico do Piauí; A Servidão da Inteligência no Economismo Contemporâneo ; Educação e Democracia; Construções Escolares no Piauí; A Escravidão e o Movimento Abolicionista; O Babaçu na Economia Nacional; Fretes Marítimos Internacionais; Viagem de Inspeção ao Nordeste; Santos Dumont – Glória e amargura; Joaquim Ribeiro Gonçalves – poeta, político e parlamentar; Paulo de Frontin; Mauricio Joppert – engenheiro e professor; Le Mauricio Corbusier- Luz Imperecível; A Formação do Engenheiro e sua função social; Brasão do Piauí; por fim, Impressões e Perspectivas, trabalho organizado pelo professor A. Tito Filho(COUTINHO, 19??).