TENSÕES NA SEÇÃO TRANSVERSAL DE PONTES DE CONCRETO ARMADO: EFEITOS DA CORROSÃO E DA VARIAÇÃO DO MÓDULO DE ELASTICIDADE DO CONCRETO

A malha de rodovias federais brasileiras possui aproximadamente 5.600 pontes, das quais cerca de 90% de concreto armados A maioria dessas pontes tem idade superior a 30 anos, sendo escassas as informações sobre as características mecânicas de seus materiais constituintes. Ao longo da vida útil dessas pontes ocorreram alterações de capacidade de carga e geometria dos veículos da frota circulante, alterações dos trens-tipo para o dimensionamento dessas estruturas e muitas delas apresentam sinais perceptíveis de deterioração, tanto do concreto quanto da armação. Tais fatores direcionaram para uma avaliação da distribuição das tensões na seção transversal das pontes de concreto armado que considerasse os efeitos da variação do módulo de elasticidade do concreto, da corrosão da armadura e das diferentes situações de carregamento. Neste trabalho foi analisada uma ponte com vão e seção transversal representativos das pontes existentes nas rodovias federais brasileiras, supondo diferentes taxas de armadura longitudinal, dois valores para o módulo de elasticidade do concreto — Ec e 0,5.Ec — e diferentes configurações de corrosão da armadura. A análise foi efetuada considerando dois modelos em elementos finitos: um modelo com elementos de barras e cascas e outro com elementos sólidos. Os resultados obtidos para a distribuição das tensões de compressão na seção transversal e de tração nas barras da armação são apresentados para cada uma das situações analisadas e discutidos os seus valores. Palavra-Chave: Pontes de concreto; Corrosão da armadura; Distribuição de tensões.

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